Apostila de Formação | Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE)

 


APOSTILA DE FORMAÇÃO
MINÍSTROS EXTRAORDINÁRIOS DA SAGRADA COMUNHÃO EUCARÍSTICA
(MESCE)
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1. O QUE É SER UM MESCE?:

Ser Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão é assumir uma missão de serviço dentro da Igreja, colaborando para que a Eucaristia seja distribuída com dignidade e reverência aos fiéis. Trata-se de um chamado especial, que exige preparo, compromisso e profundo respeito pelo Mistério Eucarístico.

A palavra "ministro" vem do latim minister, que significa "servo". Dessa forma, o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) não exerce um cargo de honra, mas um serviço humilde, colocando-se à disposição da Igreja para ajudar na distribuição da Eucaristia, sempre em caráter extraordinário. Seu papel não substitui a missão dos sacerdotes e diáconos, mas a complementa em situações de necessidade.

Esse ministério tem grande importância para a vida da Igreja, pois permite que um número maior de fiéis receba o Corpo e o Sangue de Cristo, seja dentro da celebração da Santa Missa, seja fora dela, especialmente no atendimento aos doentes, idosos e pessoas impossibilitadas de participar presencialmente da Eucaristia.

Funções do Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão:

O serviço do Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão é variado, sempre realizado com zelo, fé e obediência às orientações da Igreja. Suas principais funções incluem:

Distribuir a Sagrada Comunhão durante a Santa Missa
Em celebrações com um grande número de fiéis, o ministro auxilia o sacerdote e o diácono na distribuição da Eucaristia, garantindo que todos possam receber o Corpo e o Sangue de Cristo de maneira organizada e respeitosa.

Levar a Comunhão aos enfermos e impossibilitados
Uma das funções mais belas e pastorais do ministro extraordinário é levar a Eucaristia às pessoas que, por motivo de doença, idade avançada ou outras limitações, não podem comparecer à igreja. Esse serviço fortalece a fé dos doentes e os une à comunidade eclesial, mesmo à distância.

Auxiliar na exposição do Santíssimo Sacramento para adoração
Embora o ministro extraordinário não possa dar a bênção com o ostensório (ação reservada ao sacerdote ou diácono), ele pode auxiliar na exposição do Santíssimo Sacramento, permitindo que os fiéis possam adorar a presença real de Cristo na Eucaristia.

Zelar pela dignidade da Eucaristia
O ministro extraordinário tem o dever de garantir que a Sagrada Comunhão seja recebida com reverência e conforme as diretrizes da Igreja. Isso inclui orientar os fiéis sobre a forma correta de receber a comunhão, evitar possíveis profanações e agir com prudência diante de qualquer situação incomum.

Ser testemunha de fé e serviço na comunidade
Mais do que um colaborador na distribuição da comunhão, o ministro extraordinário é chamado a ser um verdadeiro testemunho de fé, caridade e unidade na comunidade. Seu compromisso deve refletir-se em sua vida de oração, na participação ativa na Igreja e na busca constante por crescimento espiritual.

Ser ministro extraordinário da Sagrada Comunhão não é um status de prestígio ou um reconhecimento pessoal, mas um serviço humilde prestado à Igreja. Ele deve ser exercido com profundo respeito e consciência de sua natureza extraordinária, sempre em comunhão com o sacerdote e conforme as orientações da diocese. Dessa forma, o ministro extraordinário torna-se um instrumento nas mãos de Deus, levando a presença real de Cristo ao coração dos fiéis e sendo um sinal vivo da Igreja que acolhe, serve e evangeliza por meio da Eucaristia.

O ministro extraordinário da comunhão é, na Igreja católica, um leigo a quem é dada permissão, de forma temporária ou permanente, de distribuir a comunhão aos fiéis, na missa ou noutras circunstâncias, quando não há um ministro ordenado (bispo, presbítero ou diácono) que o possa fazer. Chamam-se extraordinários porque só devem exercer o seu ministério em caso de necessidade, e porque os ministros ordinários (isto é, habituais: Padres, Diáconos...) da comunhão são apenas os fiéis que receberam o sacramento da ordem. Na verdade, é a estes que compete, por direito, distribuir a comunhão. Por esse motivo, o nome desta função é ministro extraordinário da comunhão, e não da Eucaristia, visto que apenas os sacerdotes são ministros da Eucaristia, e a função dos ministros extraordinários da comunhão exerce-se apenas na sua distribuição.
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2. A IGREJA:

“Deus criou o mundo em vista da comunhão com sua vida divina, comunhão esta que se realiza pela “convocação” dos homens em Cristo, e esta “convocação” é a Igreja.” (CIC 760). Em tudo que Deus faz é em vista do Amor, tendo criado o mundo perfeitamente, o homem se desvirtuou pelo pecado, instaurando o caos na ordem natural, de igual forma, os anjos caídos e o diabo tomaram posse deste reino, o mundo.

Contudo, é pela Igreja que Deus nos surpreende, demonstrando seu amor. A Igreja é “ ‘o projeto visível do amor de Deus pela humanidade’ que quer que o ‘gênero humano inteiro constitua o único povo de Deus, se congregue no único Corpo de Cristo, seja construído no único templo do Espírito Santo’ ”. (CIC 776)

Pela Igreja, instituída e regida pelo seu próprio Filho, Jesus Cristo, que é Cabeça, uma nova aliança, preparada pela aliança do Antigo Testamento, instaura o Reino de Deus no mundo e são exorcizados e salvos os filhos que ingressam a este corpo pelo batismo. “Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou o Reino dos Céus na Terra. A Igreja ‘é o Reino de Cristo já misteriosamente presente.’ ” (CIC 763)

Essa Igreja é então fundada por Cristo, a Pedra Angular, sobre Pedro, a Pedra, “"tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18), e plenificada pela vinda do Espírito Santo em pentecostes, que a constituí um só Corpo com Cristo e portadora de todos os meios para a salvação, tendo como fim único “à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus” (CIC 824).

"Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus." (Efésios 2,19-22).

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3. A IGREJA EM MINECRAFT:

''Em meados do ano de 2015, a inspiração divina nos levou, um grupo de adolescentes, amantes de Cristo, do Evangelho e da Igreja a darmos início aos primeiros passos na obra da evangelização deste lugar, dispondo de poucos recursos digitais. Decidimos, com coragem, abrir as portas deste lugar para Cristo e anunciar, sem medo, a doce e reconfortante Alegria do Evangelho num mundo cada vez mais fechado ao Senhor Jesus. A missão da Igreja aqui e em todo lugar deve ser a de anunciar, sem medo, que Cristo vive e nos quer vivos, como suas testemunhas. O maior e melhor exemplo que a Igreja pode dar, muito mais do que por palavras, é pelo seu testemunho e pela sua atitude''.

“A priori, a Igreja no Minecraft não tem o poder salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo [29], no entanto, é chamada a espelhar-se na glória da Igreja da realidade, para que possa arrebanhar ''as almas para Deus, como um pequeno reflexo da glória da Igreja na realidade [30]''. À vista disso, somos uma comunidade de fé e vivência do carisma Santo e Invicto da Santa Madre Igreja, com o intuito de evangelizar e difundir à santidade a partir da prática da escuta e pregação da Palavra.”

''E, enquanto estamos nesta rede social e ousamos usar o Santo Nome de Deus, o façamos com amor, com convicção! E com um único desejo: Evangelizar! Sendo assim, a organização eclesial da Santa Igreja presente no Minecraft demonstra sua principal missão: levar à glória da Igreja aos que se encontram neste parâmetro virtual, para que se sintam chamados, de fato, a cerne d'Ela, e, deste modo, possam encontrar-se com suas vocações – de modo especial os chamados ao presbiterado - e ter seu encontro com Deus, que usa-nos de diversas maneiras para conseguir almas para Ele.” (PREDICATE EVANGELIUM 21; 22; 23; 24)
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4. A HIERARQUIA:

É a organização dos membros do clero, segundo graus sucessivos de poderes e de responsabilidades. A Hierarquia do clero começa no Diácono e termina no Papa.

PAPA > CARDEAL > BISPO > PADRE > DIÁCONO.

Observação: Existem outros cargos, mas são apenas títulos, como: CÔNEGO, MONSENHOR, ARCEBISPO entre outros.

Ainda que não façam parte da hierarquia, os Leigos aqui estão expostos em sua organização hierárquica própria, segundo a possibilidade de exercício de alguns ministérios litúrgicos.

Os leigos estão dispostos em: 

ACÓLITO > COROINHA > MESCES > LEITOR.
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5. OS PRONOMES DE TRATAMENTO:

Leigo: Senhor(a); Sr. ou Sra.

Leigo que exerce cargos políticos: Excelência; Excelentíssimo.

Diácono e Padre: Vossa Reverendíssima; Reverendo.

Bispo: Vossa Excelência; Excelência.

Cardeal: Vossa Eminência; Eminência.

Papa: Vossa Santidade; Santidade (entre outros nomes como Santo Padre)
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6. OS SACRAMENTOS:

A Igreja de Cristo, sua esposa, permanece desde seu início a celebração dos sacramentos, de forma especial a Celebração Eucarística “fonte e ápice de toda a vida cristã” (CIC 1324). Os sacramentos foram reconhecidos pela própria Igreja e são guardados por ela pela ação do Espírito Santo. Esses sacramentos são a continuação da vida de Jesus em nossas vidas, sendo um só corpo com Ele, permanecemos realizando suas ações salvíficas, fundamentadas pela Palavra e a tradição apostólica, a fim de manter a União, a Salvação e Nova Aliança.

“A Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da nova aliança são necessário para a salvação.” (CIC 1129). Assim Jesus Cristo, este que mais bem nos quer, intercede pela Igreja por sua ação nos sacramentos, através dos ministros, para que o Pai envie seu Espírito Santo, o laço de união do Pai e do Filho, a qual fazemos parte do Corpo, para nossa santificação. 

São os sacramentos da Santa Igreja: Batismo, Crisma, Eucaristia, Matrimônio, Ordem, Reconciliação e Unção dos Enfermos.

4.1:

“A Eucaristia é centro e ápice da vida da Igreja, e, por meio dela, todos podem participar das núpcias do Cordeiro Pascal, o Sacrifício Eucarístico, a Ceia do Senhor.” (Mysterium Dominus 4). Fazendo-nos Igreja no Minecraft e buscando aproximar as pessoas da Igreja da realidade, a prática da celebração litúrgica não poderia ficar de fora, pois “na celebração dos sacramentos, a Igreja transmite a sua memória, particularmente com a profissão de fé” (Lumen Fidei, Papa Francisco, 2013). No ambiente virtual se torna meio de anúncio da Palavra de Deus e de evangelização, pois “aos católicos os sacramentos dissimulados induzirão a reflexão, e aos não católicos ou não praticantes, induzirá a descoberta, isto é, à busca em descobrir ainda mais os mistérios do coração da Trindade, que se revela a nós pela razão que é iluminada pela fé. “ (Predicate Evangelium 32) 

''Sabemos que a memória da qual Cristo fala é a comemoração, é o memorial, é tornar presente. Porém, em nossa realidade de Minecraft sabemos que isso não ocorre. Já nos dizia o Concílio Vaticano VII, na Constituição Salus Animarum, que “na ação de qualquer ato litúrgico no Minecraft não há sacrifício, nem de Cristo e nem pessoal. As ações são um ato de louvor a Deus, de evangelização e de aproximação dos fiéis a Liturgia Católica”. A Igreja Minecraftiana não apresenta em seu âmbito a dissimulação de sacramentos, já que ela oculta a matéria e as palavras necessárias para sua validade, tornando-se, portanto, uma breve lembrança. Que não a torna insignificante, mas um ato de amor e louvor ao Deus que nos remiu por Seu sangue e nos revigorou por Sua Ressurreição.  Deste modo, a Igreja, pelas celebrações, busca dar glória a Deus e levar os homens a procurarem sua santificação” (Predicate Evangelium 31).
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7. AS CORES E TEMPOS LITÚRGICOS:

A Santa Igreja vive ao longo do ano os Mistérios da vida de Cristo. Esse ciclo celebrativo é o calendário litúrgico da Igreja, formador em torno de dois grandes Ciclos: Natal e Páscoa.

Inicia-se no Advento e encerra-se na Festa de Cristo Rei.

CICLO DO NATAL:

ADVENTO 

Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.

Início: 4 domingos antes do Natal  /  Término: 24 de dezembro à tarde

Espiritualidade: Esperança e purificação da vida

Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias

Cor: Roxa

NATAL 

25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.

Início: 25 de dezembro  / Término: Na festa do Batismo de Jesus

Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.

Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem

Cor: Branca

TEMPO COMUM

1ª Parte – Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.

Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus  /  Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas

Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra

Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus

Cor: Verde

CICLO DA PÁSCOA:

Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina no domingo da Ressurreição. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.  Não se diz “Aleluia”, nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.

Início: Quarta-Feira das Cinzas  /  Término: Domingo de Páscoa

Espiritualidade: Penitência e conversão

Ensinamento: A misericórdia de Deus

Cor: Roxa

PÁSCOA 

Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra. No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)

Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)  /  Término: No Pentecostes

Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado

Ensinamento: Ressurreição e vida eterna

Cor: Branca

TEMPO COMUM

2ª Parte – Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.

Início: Segunda-feira após o Pentecostes  /  Término: Véspera do 1º Domingo do Advento

Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus

Ensinamento: Os Cristãos são os sinais do Reino

Cor: Verde


CORES LITÚRGICAS

São seis as cores usadas na liturgia católica dependendo do tempo litúrgico ou do tipo de celebração. São elas: VERDEVERMELHOROXOBRANCOPRETO e RÓSEA.

Observação: Existe a cor “Azul”, mas ela só é usada a critério do Celebrante nas celebrações de Nossa Senhora. Mas pode ser usado o Branco.

SIGNIFICADO E USO DAS CORES

VERDESimboliza esperança. Usa-se nas Missas do Tempo Comum. 

VERMELHO: O vermelho simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires

É usado: no Domingo de ramos; na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes; nas celebrações da Paixão do Senhor; nas festas dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires. 

ROXO: Simboliza a penitência, contrição, conversão.

É usado no Tempo do Advento e no Tempo da Quaresma, nas celebrações fúnebres, na celebração dos sacramentos da Reconciliação e da Unção dos Enfermos Simboliza a penitência, contrição, conversão

RÓSEA: Significa a alegria que está por chegar mas sem sair do clima penitencial que seus tempos proporcionam. 

A cor Rosa é usada em duas ocasiões no ano litúrgico: no Domingo Gaudete (3º Domingo do Advento) e no Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma).

BRANCO: Simboliza a alegria, a pureza e a vida eterna.

O branco é usado nas Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor; nas solenidades, festas e memória dos santos; na celebração do Batismo, da Crisma e do Matrimônio.

Observação: A cor Dourada, também é substituta do Branco.

PRETOÉ símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro.

É usado nas Missas pelos mortos.

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8. A VESTE DE MINÍSTRO:

A veste utilizada pelo Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão (MESC) não é apenas um detalhe estético, mas possui um profundo significado litúrgico e espiritual. Ela reflete a dignidade e a seriedade do serviço prestado à Igreja, ajudando a destacar a importância da Eucaristia e a missão daquele que a distribui.





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